De 23 a 29 de abril, acontece a campanha da ONU para a Primeira Semana das Nações Unidas para a Segurança de Trânsito. Com o tema - Segurança de trânsito não é acidental -, o evento irá focar os jovens no sistema viário, tornando-se uma oportunidade histórica para dar visibilidade à questão dos ferimentos de trânsito.
Durante a Semana, espera-se que centenas de iniciativas – locais, nacionais, regionais e globais – ocorram ao redor do mundo, organizadas por governos, organizações não-governamentais, pelas Nações Unidas e demais agências internacionais, companhias do setor privado, fundações e outros que trabalhem em prol de vias mais seguras. Em 2004, o acidente de trânsito foi escolhido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como epidemia mundial a ser combatida.
O evento-chave global será a Assembléia Mundial para Segurança de Trânsito, que reunirá delegações de jovens de diferentes países para a discussão e adoção de uma declaração dos jovens para a segurança no trânsito, assim como para definir os melhores meios de servir como defensores da causa da segurança de trânsito em seus respectivos países. A Semana será marcada por vários países e comunidades. A idéia é que os eventos da Semana sirvam de ponto-de-partida para novas e eficazes iniciativas pela segurança de trânsito nos próximos anos.
Para os mais diversos eventos planejados, os temas seguirão em torno das seguintes mensagens:
1. Ferimentos causados por acidentes de trânsito consituem um problema fundamental de saúde pública e de desenvolvimento no mundo. Estima-se que sua magnitude cresça consideravelmente nos próximos anos.
Cerca de 1,2 milhões de pessoas morrem no mundo em conseqüência de acidentes de trânsito, número que representa mais de 2,1% da mortalidade mundial, e é comparável ao número de mortes causadas por grandes epidemias tais como a malária e a tuberculose. Para além destes, milhões de outras pessoas são feridas e adquirem deficiências irreversíveis. Cerca de 85% das mortes por acidentes de trânsito acontecem nos países de renda baixa ou média, ao custo anual de 1%-1,5% do Produto Interno Bruto. Sem ação, as mortes e incapacitações de trânsito tendem a elevar-se devido à motorização crescente.
2. Ferimentos de trânsito causam grande impacto nas vidas de jovens.
Ferimentos de trânsito são a segunda causa de morte para pessoas entre 5 e 25 anos. Dentre esse grupo, os homens jovens – pedestres, ciclistas, motociclistas, recém-habilitados e passageiros – têm quase três vezes mais chances de morrerem ou se ferirem nas vias do que jovens mulheres.
3. Ferimentos de trânsito podem ser evitados.
Em alguns países, o número de ferimentos causados por acidentes de trânsito sofreu queda, apesar da crescente motorização. Por meio de ações junto a um conjunto de fatores, em particular álcool e direção, velocidade, capacetes, cintos de segurança e planejamento viário e infra-estrutura, muitas vidas e recursos financeiros podem ser salvas.
4. Segurança de trânsito não é acidental.
A segurança de trânsito acontece através de esforços deliberados de muitos indivíduos e muitos setores da sociedade – governamentais e não governamentais. O envolvimento político é fundamental. As histórias de sucesso dos dias de hoje freqüentemente resultam de uma decisão no mais alto nível de governo no sentido de melhorar a segurança de trânsito.
5. A cooperação internacional é crucial para reforçar os esforços nacionais de segurança no trânsito.
A cooperação internacional pode reforçar os esforços nacionais pela segurança no trânsito através da troca de informações e lições apreendidas de estratégias e programas bem-sucedidos, assim como através da mobilização de recursos adicionais. A cooperação internacional também pode ajudar a garantir que a segurança no trânsito esteja entre as máximas propriedades de saúde pública e nas agendas de desenvolvimento dos países.
Mais informações no site da ONU www.who.int/roadsafety/week/en/index.html
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