quinta-feira, 7 de julho de 2011

Acidente na 290 e Reflexão

Acidente entre quatro caminhões e duas vítimas fatais congestiona a BR-290. Vidas perdidas, tristeza para quem ficou e, com certeza, muita dor de cabeça aos envolvidos.
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     Por vários motivos prefiro tratar esse tipo de evento como tragédia e não como acidente. Acidentes são fatos - como refere o Houaiss - casuais, fortuitos, inesperados. Notem, dificilmente os eventos desastrosos no trânsito são "acidentais".
     Na enormidade das vezes são situações previsíveis e que apenas falta  - infelizmente -  a oportunidade. Condutores que avançam no sinal vermeho, ultrapassam sem a mínima condição de espaço e visibilidade, andam "colados" nos veículo a sua frente apena aguardam o momento do "acidente". Sim, usei o termo acidente entre aspas, porque não concordo com sua utilização banalizada.
      Banalização é o termo certo para esse massacre motorizado (nome de um livro escrito por um perito em trânsito). Nós circulamos nas ruas como se estivéssimos incólumes a todos os perigos e não estamos. Mas ao acionar o arranque perdemos a noção de normalidade, o "freio" da moralidade. E, sem freio, cometemos atrocidades sem limites como se não houvesse amanhã, como se nossas famílias - e as dos outros - não nos esperassem em casa ao final do dia. Aceleramos freneticamente para o suicídio, como loucos, insanamente. Mas a culpa é do outro!

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