sábado, 23 de maio de 2009

Acidente de moto é principal causa de lesão de medula

Veículo: Jornal da Tarde – 21/05/2009

Motociclistas que ficaram paraplégicos, tetraplégicos ou foram mutilados em acidentes de trânsito lideram os atendimentos na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) em São Paulo. Pesquisa realizada pela entidade revela que, no ano passado, dos 55 pacientes que se acidentaram no trânsito, 43,6% estavam sobre duas rodas.

 

Na capital paulista, as motos correspondem a 12% da frota de veículos. A reabilitação de cada uma dessas pessoas leva em torno de seis anos e custa para a AACD nada menos que R$ 60 mil, dos quais R$ 36 mil são reembolsados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o restante é bancado pela própria sociedade, por meio de doações. Esse custo inclui seções de fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional e até eventuais cirurgias. “Esses motociclistas chegam aqui sem partes do corpo, às vezes só movimentando a cabeça e precisam de tratamento intenso”, explicou Eduardo Carneiro, presidente voluntário da AACD. “Embora tenham uma participação pequena na frota (de veículos) a exposição ao risco é infinitamente maior do que numa batida de carro. E as consequências são terríveis.”

 

Para reduzir os números de acidentes no trânsito, Carneiro sugere uma medida de impacto: que candidatos a motoristas, durante o processo de formação, sejam obrigados a visitar clínicas de reabilitação para “ter noção do que a irresponsabilidade pode causar”. Das 1.463 pessoas que perderam a vida no trânsito da capital, em 2008, 478 eram motociclistas. Nesta semana, o presidente do Sindicato dos Motoboys e Motofretistas de São Paulo, Gilberto Almeida dos Santos está em Brasília buscando apoio de congressistas e do Ministério das Cidades para que o governo invista em campanhas educativas de televisão para redução de acidentes. “Tentamos de todas as formas mudar essas estatísticas”, disse. Além das campanhas, o sindicato defende a criação de faixas exclusivas de motos.

 

A AACD atendeu 195 pessoas vítimas de lesão medular em 2008. A maioria, 77,4%, teve alguma lesão causada por acidente de trânsito, tiro ou queda. Desde 2007 as vítimas de acidente de trânsito voltaram ao topo do ranking. As lesões por ferimentos com armas de fogo, antes a principal causa, caíram para a segunda posição. E são as motos as responsáveis por essas estatísticas.

 

Em 2008, 55 pacientes se acidentaram no trânsito - 24 com motos -, e 52 atingidos por tiros. As lesões medulares não traumáticas representam 22,6% dos casos e são causadas por tumores, infecções e acidentes vasculares. Entre 2007 e 2008, a Clínica de Lesão Medular da AACD registrou redução de atendimentos - de 270 para 195. Mas Carneiro diz que essa quantidade é flutuante e não há explicação para a queda. Segundo ele, a Lei Seca, que entrou em vigor há quase um ano, ainda não reflete nos números de atendimento da AACD. “Agora é que as vítimas de acidente do ano passado estão chegando para tratamento”, disse. “Vamos sentir as mudanças mais para frente.” Para conseguir tratamento na AACD, o paciente precisa ser encaminhado por um médico. Tudo é gratuito. Atualmente, 32 mil pessoas aguardam na fila. A espera pode chegar a sete anos.

Entra em vigor nova regulamentação para transporte rodoviário de cargas

Veículo: Log Web -21/05/2009

Já entrou em vigor a nova regulamentação do transporte rodoviário de cargas no Brasil. Os profissionais autônomos, empresas ou cooperativas que transportam cargas pelas rodovias do país terão de se cadastrar na ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres para obter o RNTRC – Registro Nacional de Transporte Rodoviário de Carga. “Apenas aqueles que possuírem este documento estarão habilitados para exercer profissionalmente a atividade de transporte de cargas nas estradas brasileiras”, declara o gerente de Regulação de Transporte Rodoviário de Cargas da ANTT, Wilbert Junquilho.

 

De acordo com ele, essa atividade sempre foi exercida informalmente, bastando apenas uma carteira de habilitação profissional e um caminhão para qualquer motorista exercê-la. “Cerca de 30% dos acidentes nas rodovias envolvem caminhões. Boa parte disso são em consequência de fretes inadequados com preços inexequíveis”, diz Junquilho. Para o profissional, os fretes de baixo custo acabam sendo compensados com excesso de cargas e falhas na manutenção dos veículos, danificando até os pavimentos das rodovias.

 

O gerente da ANTT acrescenta que pelo mesmo motivo os motoristas acabam dedicando menos tempo ao repouso, colocando em risco a segurança de quem usa a estrada. “Com o novo registro daremos condições para o setor se organizar e profissionalizar, promovendo maior capacitação de profissionais e de empresas, além de convergir para a formação de um mercado mais justo. São medidas pleiteadas há tempos pelo setor como um todo, por causa das concorrências desleais e predatórias”, justifica.

 

Os transportadores registrados terão até o dia 8 de setembro para se cadastrar na ANTT e se adequar a regras como: comprovação de experiência mínima de três anos no exercício da atividade ou a realização de um curso específico de capacitação para transportadores autônomos; comprovação de idoneidade e capacidade financeira das empresas transportadoras; criação da figura do responsável técnico no âmbito das empresas transportadoras para zelar pela qualidade dos serviços prestados; e imposição de sanções para usuários que ultrapassarem o tempo de cinco horas no desembarque de mercadorias. Fonte: Agência Brasil Foto: Marcelo Vigneron (Expresso Araçatuba)

Projeto que reduz preço da CNH será votado neste mês

Veículo: Jornal do Commercio – 21/05/2009

Depois de mais de um ano e três meses de tramitação do PL 05/2008, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Pedro Westphalen (PP), projeta para a próxima semana a votação da matéria, que reduz o preço da carteira nacional de habilitação (CNH) praticado no Estado.

 

O projeto de lei está na Assembleia desde o dia 1 de fevereiro do ano passado, quando foi remetido pela governadora Yeda Crusius. A proposta concluiu a tramitação pelas comissões técnicas da Casa em 16 de março e está pronta para ir a plenário há dois meses.

Segundo o líder do governo, o projeto está sendo analisado pelo novo presidente do Detran, Sergio Luiz Buchmann, que assumiu a autarquia no dia 6 de maio, em substituição a Estella Maris Simon. "Ele pediu uns dias para avaliar a proposta. A votação deve ocorrer na semana que vem", prevê Westphalen.

 

A redução do preço da carteira de motorista foi uma das medidas estabelecidas pelo Executivo dentro do processo de reestruturação do Detran. A mudança foi desencadeada pela Operação Rodin, investigação da Polícia Federal que apurou uma fraude de R$ 44 milhões no Departamento Estadual de Trânsito.

 

A primeira etapa da redução do preço da CNH ocorreu no dia 1 de fevereiro de 2008, quando o governo baixou o valor total de R$ 840,83 para R$ 744,14.

A segunda fase viria através de projeto de lei (PL 05/2008) que previa um preço final da CNH de R$ 720,96 - uma diminuição de 14,25%.

 

Para alcançar esse percentual de desconto, o projeto previa também a redução dos valores das horas-aula práticas obrigatórias em relação ao preço praticado em 2007, fixado em R$ 360,75. Também determinava o congelamento dos valores das horas-aula teóricas obrigatórias, mantendo-se os valores de 2007: R$ 129,90, bem como aqueles pagos pela locação de veículo destinado à prova prática, que permaneceriam em R$ 21,62. Essa fórmula garantiria uma diminuição de 12% nos preços privados.

 

No entanto, como já estão em vigor os valores de 2009, com base no reajuste anual da UPF/RS (6,1%), em 1 de fevereiro, e em função do cumprimento da resolução 285 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determinou, a partir de 1 de janeiro, o aumento da carga horária dos cursos teóricos e práticos, o preço mínimo praticado hoje pelo Detran para a primeira carteira de motorista soma R$ 985,69.

 

Além dos R$ 246,01 de taxas do Detran, o preço inclui também o valor mínimo de R$ 206,55 do curso teórico, além do mínimo de R$ 510,20 para o curso prático e R$ 22,93 da locação do veículo para o exame de direção.

 

Segundo a assessoria de comunicação do Detran, pesquisa realizada pela Federação Nacional das Auto Escolas (Feneauto) demonstra que o Rio Grande do Sul está em 14º lugar em valor da primeira CNH.

Contran estabelece normas para ciclo-elétrico

 

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou nesta quarta-feira (20) a Resolução 315, que equipara os veículos cilclo-elétricos aos ciclomotores. Segundo a Resolução, para circular em vias públicas os ciclo-elétricos deverão possuir espelhos retrovisores, farol dianteiro de cor branca ou amarela, lanterna traseira de cor vermelha, velocímetro, buzina e pneus que ofereçam condições mínimas de segurança.

De acordo com a Resolução, o ciclo-elétrico é todo veículo de duas ou três rodas, provido de motor de propulsão elétrica com potência máxima de quatro quilowatts, cujo peso máximo, incluindo o condutor, o passageiro e a carga, não exceda a 140 kg e cuja velocidade não ultrapasse 50 km/h. Segundo a norma, a bicicleta dotada de motor elétrico também é considerada ciclo-elétrico. A Resolução do Contran entra em vigor nesta quarta-feira. 

 

Mais informações,

Assessoria de Imprensa – Denatran

imprensa@denatran.gov.br

domingo, 17 de maio de 2009

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Após 11 anos do Código de Trânsito, país não aplica multas para os pedestres

Veículo: Folha de S. Paulo - 08/05/2009

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VITOR MORENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar de previstas no Código de Trânsito Brasileiro, sancionado há quase 12 anos e em vigor há 11, as multas a pedestres até hoje não podem ser aplicadas no país.
Segundo o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), responsável por estabelecer as normas para fiscalizar as infrações, não existe prazo para que as multas sejam cobradas, já que nunca se encontrou uma forma de fazer isso.
Assim, os fiscais não podem autuar quem está a pé. O código proíbe os pedestres de, entre outras coisas, andar nas pistas, exceto para cruzá-las; e atravessar a rua em cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim.
Em uma hora, a Folha flagrou cerca de 360 infrações de pedestres no movimentado encontro entre as avenidas Ipiranga e São João, no centro de São Paulo.
A reportagem observou o trânsito no local das 16h15 às 17h15 de uma terça-feira. O cruzamento é o terceiro com mais atropelamentos de São Paulo, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego. Os dois mais perigosos são, pela ordem, o da avenida do Estado com a Santos Dumont e o da avenida Brigadeiro Luís Antônio com a Paulista.
Das pessoas flagradas, 63% atravessaram com o sinal vermelho para elas. Outros 21% se arriscaram atravessando em local proibido.
Durante o período em que a reportagem permaneceu no local, um agente da CET ordenava o trânsito e dava informações. Em duas ocasiões, o fiscal usou o apito para orientar quem estava a pé. Nenhum dos pedestres, porém, chegou a ser parado.

Atropelamentos
Uma análise qualitativa de 72 casos feita por um grupo mantido pela CET apontou que 83% dos atropelamentos de 2008 ocorreram fora da faixa e da calçada.
Segundo o órgão, 7.602 pessoas foram atropeladas na cidade, com 658 mortes.
Entre os que passavam pelo cruzamento visitado pela Folha, alguns afirmaram desconhecer a lei. Outros, não.
"Saber a gente sabe, mas não tem jeito", comentou uma pedestre, que não quis se identificar. "Mas, também, como vão fazer para multar?", questionou ela.
Um rapaz que atravessou o cruzamento na diagonal não via risco de ficar no meio do tráfego de carros entre as duas ruas caso algum semáforo abrisse. "Trabalho aqui há cinco anos, já calculei o tempo dos sinais", contou.

Multas
No ano passado, a CET emitiu 4.679.954 multas a motoristas na cidade. Ao longo de um ano, se só os pedestres infratores observados pela Folha durante uma hora fossem multados por dia, o número de multas seria de 130.670, ou 2,8% de todas as notificadas no ano passado.
Os pedestres que descumprem as regras do código cometem infração leve. Caso a lei tivesse sido regulamentada, teriam que pagar 50% do valor da multa de quem comete o mesmo tipo de infração estando de carro, ou R$ 26,60.
A CET afirma que não pode multar pedestres porque o artigo do código que trata desse assunto não foi regulamentado. O Contran diz que não estuda retomar o tema agora.

sábado, 2 de maio de 2009

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