domingo, 23 de novembro de 2008

Carros nas esquinas causam acidente

Veículo: Folha de Londrina - 20/11/2008


Veículos estacionados irregularmente atrapalham a visão dos motoristas. Infração é passível de multa
Fernanda Borges

Reportagem Local

A falta de respeito às leis de trânsito foi a causa de um acidente no Jardim Petrópolis (Zona Sul), no cruzamento das ruas Marcílio Dias com Ana Neri, nas imediações da Câmara de Vereadores, na tarde da última terça-feira.

A funcionária pública Ana Soares, mãe de Wilhan Soares, 29 anos, que conduzia um dos veículos, disse que os acidentes no local são comuns. ‘‘Meu filho disse que não conseguiu ter visão alguma e na hora que saiu com o carro colidiu com o outro veículo’’, comentou. O filho de Ana seguia pela Rua Ana Neri e chocou-se com o Palio conduzido por Carlos Batista, 60 anos, onde também havia a passageira Maria de Lourdes Camparini Leal, 60. Os três sofreram fraturas e foram levados conscientes para hospitais de plantão.

O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) especifica a proibição de estacionar veículo próximo a esquinas e de acordo com o artigo 181 os carros devem ser estacionados a cinco metros do bordo do alinhamento da via transversal.

‘‘A multa média aplicada é de R$ 89 e o motorista perde quatro pontos na carteira’’, explicou o responsável pelo setor de plantão de acidentes da Companhia de Trânsito (Ciatran), sargento Valdemir Figueiredo Silva. Mesmo que não haja a pintura da tarja amarela, os motoristas devem respeitar a legislação.

O diretor de trânsito da CMTU, Álvaro Grotti Júnior, disse que os fiscais da companhia não têm como fiscalizar toda a cidade. ‘‘Vamos encaminhar uma avaliação desse trecho para o Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina), que poderá preparar um projeto de visibilidade. Assim será possível fazer a sinalização e instalar obstáculos nas esquinas’’, disse.

Legislação determina alternativas


Gerente do Ippul sugere lombada eletrônica

O Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro de 1998, previa a substituição das ´´ondulações tranversais´´ ou ´´sonorizadores.´´ Portanto, as lombadas devem ser trocadas por outras técnicas de engenharia de tráfego. As alternativas são semáforos, rotatórias, estreitamentos de pista, entre outros.

De acordo com a gerente de Trânsito do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), Cristiane Bizzono Dutra, cada local necessita de uma solução específica para que a substituição seja efetivada. A dificuldade do órgão hoje é a falta de pessoal para realizar todos esses estudos.

A última estatística oficial do órgão, feita em 1998, indicava a existência de 944 lombadas no município. A estimativa é que esse número tenha sofrido redução, uma vez que algumas retiradas foram feitas a pedido dos próprios moradores.

O impacto provocado principalmente por ônibus em locais onde há lombadas pode gerar consequências como rachaduras em imóveis. Esta é uma das motivações para os pedidos de retirada. Mas ainda são mais comuns as colocações de novos quebra-molas.

Como há um impedimento legal para o atendimento destes pedidos, o Ippul procura soluções alternativas. Um exemplo foi a construção da chamada plataforma na Avenida Winston Churchill, em frente à borracharia onde José Martins Carvalho trabalha.

No entanto, uma das soluções mais adequadas, na opinião de Cristiane Biazzono, são as lombadas eletrônicas, que funcionaram por cinco anos na cidade. Ela acrescentou que as lombadas da Avenida Arthur Thomas devem ser retiradas para construção de uma rotatória.

A manutenção das lombadas, bem como da pavimentação, é responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras. Já a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização cuida da sinalização. (F.R.F.)

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