domingo, 12 de julho de 2009

Lei seca mudou o comportamento dos jovens, diz pesquisa

Veículo: Portal G1 – 09/07/2009
Número de acidentes de trânsito caiu quase 23%.
Hoje metade dos jovens não bebe se estiver dirigindo, diz levantamento.

A lei seca conseguiu diminuir em quase 23% o número de acidentes de trânsito no país e, segundo uma pesquisa divulgada no Rio, mudou o comportamento dos jovens.

O que pensam os jovens motoristas sobre a bebida alcoólica? Será que houve mudança no comportamento deles com mais fiscalização nas ruas? "Eu tenho consciência. É muito caro o prejuízo para minha vida e para o meu bolso também", diz a estudante Michele Santos.

Essa opinião é cada vez mais comum entre os estudantes brasileiros. É o que revela um levantamento encomendado pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia realizado em 13 universidades do Rio e de São Paulo.

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A pesquisa foi feita durante uma semana e ouviu 1.030 estudantes universitários. O estudo comparou o comportamento do jovem nos últimos três anos, antes e depois da lei seca.

Hoje metade dos jovens ouvidos na pesquisa, sai à noite para se divertir, dirige e não bebe. Antes da lei, em 2007, um número menor de estudantes saia dirigindo sem beber: 36%.

"A lei seca, onde ela está sendo cobrada, onde existe a fiscalização o jovem respeita e está mudando o seu comportamento. É isso que nós precisamos, porque dessa maneira nós vamos diminuir os acidentes, vamos salvar vidas jovens que na realidade é o futuro da nossa população", afirma José Sérgio Franco, da Sociedade Brasileira de Ortopedia.

Mas ainda é alto o percentual de quem anda de carona com amigos que dirigem depois de beber, quase 80% dos entrevistados. Outro dado expressivo. Antes da lei, 6% dos estudantes admitiam ir e voltar dirigindo mesmo bebendo muito. Hoje apenas metade ainda tem esse hábito.

Mas na opinião de muitos jovens, apesar de positivos, os números da pesquisa podem melhorar se houver mais campanhas de educação. "Funciona no sentido da punição mesmo, a única forma de funcionar o cinto de segurança foi assim, os limites de velocidade são assim, bebida vai ter que ser pelo mesmo caminho", acredita o estudante Maurício Cavadas.

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